sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"N"

 E eu vou, num passo impulsivo de querer arrumar as coisas, encho o lado esquerdo do peito de coragem e lá vou eu abrir mão de pensar em nós dóis, de querer nós dois, de amar nós dois. E então vem ele, com o bendito dom de crontrariar os desalinhos do meu coração, enche meu vazio de palavras doces, de gestos simples encantadores, enche meu abraço com seu abraço sem igual, me mima, me cuida, derruba meus medos e faz tudo ficar bem denovo. E de nada adianta eu despertar a dona encrenca que mora em mim e relembrar todos os seus defeitos se no fim dos meus discursos ainda vou ficar surpresa de ver como ele, misteriosamente, me aguenta reclamona, mandona e impulsiva... me rouba um beijo, calando-me a boca, me chama de linda, me faz um carinho no rosto...  Curioso não saber explicar como alguém tem o dom avassalador de ser o nosso ponto fraco. É como se eu estivesse em dieta e ele fosse a minha sobremesa predileta, armadilha , veneno e antídoto simultaneamente... inexplicável e irresistivelmente. É como se eu admitisse que existiam mais gentis, mais bonitos, mais inteligentes e até mais sinceros, mas ninguém conseguia a façanha de ser minha paz e minha loucura ao mesmo tempo, ninguém conseguia ser a razão e as contestações sobre todas as leis inventadas pro amor...
... a não ser ele, ele que me desarma, ele que estraga o meu show, ele que é único!"



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